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DIVULGAÇÃO

Um Mundo Escondido nas Margens do Património
Curso
40.0 horas
e-learning
Professores dos Grupos 200, 240, 300, 400, 410, 600
A escola e as entidades culturais podem ter um papel muito importante na preservação de patrimónios matérias e imateriais, mantendo-os vivos, de forma criativa.
Na transição entre a Idade Média e o Mundo Moderno a decoração nas margens da arquitetura ou da talha e dos cadeirais dos coros das igrejas, ...
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Ref. 154T1 Inscrições abertas até 01-10-2025 INSCREVER-ME
Registo de acreditação: CCPFC/ACC-135282/25
Modalidade: Curso de Formação
Duração: 40.0 horas
Início: 07-10-2025
Fim: 13-01-2026
Regime: e-learning
Local: online
Formador
Maria Manuela Correia Braga
Destinatários
Professores dos Grupos 200, 240, 300, 400, 410, 600
Exclusivo para formandos dos Agrupamentos associados ao CFAE
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 200, 240, 300, 400, 410, 600. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 200, 240, 300, 400, 410, 600.
Acreditado pelo
CCPFC - Conselho Científico Pedagógico de Formação Contínua
Enquadramento
A escola e as entidades culturais podem ter um papel muito importante na preservação de patrimónios matérias e imateriais, mantendo-os vivos, de forma criativa. Na transição entre a Idade Média e o Mundo Moderno a decoração nas margens da arquitetura ou da talha e dos cadeirais dos coros das igrejas, deixou-nos um legado riquíssimo, mas escondido e ainda hoje esquecido ou relegado para segundo plano. Num mundo que se pretende em maior harmonia, a polissemia desta marginália é particularmente propícia à multidisciplinariedade e ligação a diferentes culturas nelas espelhada. Indo para lá dos espartilhos das catalogações artísticas e arrumações históricas de saberes, propõe-se uma viagem que também saia da escola e procure envolver diferentes agentes culturais e recreativos em torno dos seus mistérios.
Objetivos
Propiciar, aos formandos, informação acerca da função da alteridade nas margens do Património, e do modo como se cruzou com diversos suportes, atividades e saberes. Consciencializar para a importância da preservação de legados e tradições que também fazem parte material e imaterial do Património. Fomentar o espírito crítico e a imaginação dos alunos, através da aplicação, por parte dos formandos, de exemplos dessas práticas marginais onde se demonstra como a Cultura também é e foi no passado, algo muito mais plural e desarrumado. Colocar em diálogo as diferentes gerações; as trocas de tradições e memórias de outros povos, com o objetivo da temática os inspirar à criação de atividades integradoras na escola e na comunidade.
Conteúdos
1- De que se trata quando se fala em figurações decorativas, à margem dos assuntos e lugares principais. Como começaram, como se alteraram e adaptaram a outros contextos e como ressurgiram por outras vias enquadramento histórico, social e artístico, justificativo das mutações operadas. Do Oriente para o Ocidente: os antecedentes de fábulas, histórias, lendas e representações de bestiário entre o real e o fantástico. Sua migração e para o Ocidente e disseminação nos mais variados suportes e objetos 2- A complexidade das mentalidades e poderes, num mundo em que o cristianismo se misturava com as tradições pagãs. As práticas artísticas e tradições populares na confluência entre o sagrado e o profano, o erudito e o popular, ao longo da Idade Média e alvores do Mundo Moderno. 3- Desenvolvimento destas tradições e da sátira do mundo-às-avessas, nas mísulas, capiteis, gárgulas ou cachorrada da arquitetura civil e religiosa. O mundo escondido dos cadeirais de coro e suas misericórdias. Em que consistiu, para que servia, como permaneceram decorações transgressoras e satíricas em locais de culto. Vias de crítica e outras de permissividade cultural e artesanal ao longo da Idade Média. (Exploração de casos concretos no nosso país, acompanhados de recolhas de provérbios populares). 4- O fascínio pelo exotismo num mundo que oscilava entre o velho e o novo; o mito e a verificação experimental. Viagens das formas e da linguagem decorativa e ornamental e viagens de navegação- da tradição internacionalizada na Europa, às especificidades e aclimatações operadas no nosso território por artífices itinerantes, em particular no período do manuelino. Selvagens na Corte; Judengas nas procissões; folguedos no terreiro; a inclusão das minorias mouras e judias nas festas da corte e nas tradições pagãs e outras no próprio adro das igrejas, a que os clérigos também aderiam. Memórias na ourivesaria, na tapeçaria e gravuras, na talha e na pedra e sua continuação nos autos teatrais. Migrações e ramificações em tradições que ainda perduram. Exemplos científicos e lúdicos das cartas que chovem do céu em diálogos régios com raças fantásticas, à da biologia, medicina, geografia e cartografia; autos teatrais, citações populares, danças, cantares e instrumentos musicais. 5- Desenvolvimento do gosto classicista e de uma estética de decoro que tende a substituir por grotescos as antigas figurações mais naturalistas ou indisciplinadas, num momento reformista e moralizador da própria Igreja. As especificidades do caso português onde as modas chegavam tarde e se abastardavam e tinham tão livre curso quanto a sua replicação por toda a parte. Entender como esta tradição decorativa foi mudando até desaparecer e muitos exemplares mais satíricos e libertinos terem sido retirados; outros destruídos e mesmo o que sobrou ainda permanecer culturalmente muito esquecido. 6- Permanências em citações de Caprichos e Disparates (Goya), revivalismos nas tradições da gravura e da azulejaria portuguesa, narrativas na literatura de cordel e tratado setecentista de medicina.
Metodologias
Discussões e partilha de experiências entre participantes ao longo da temática abordada. Aplicação de ações simples na sala de aula, mediante a diversidade dos saberes abordados e, de acordo com a sua pertinência no respetivo grupo e grau de ensino. Ex: observação de elementos decorativos locais; recolha de ditados populares; análise de autos teatrais; observação de exemplos na cartografia da época; enquadramento na doutrina e filosofia medieval e renascentista; aplicação na História coeva ao tema da formação.
Avaliação
Em conformidade com o Despacho nº4 59/2015, a avaliação dos formandos é expressa numa classificação quantitativa na escala de 1 a 10 valores, tendo como referente as seguintes menções: * Excelente de 9 a 10 valores; * Muito Bom de 8 a 8,9 valores; * Bom de 6,5 a 7,9 valores; * Regular de 5 a 6,4 valores; * Insuficiente de 1 a 4,9 valores. A realização de um trabalho individual, sob forma escrita baseado nas temáticas abordadas nas sessões de trabalho com a formadora acrescido de uma breve reflexão sobre o impacto da ação na atividade profissional do docente, com ponderação de 60%. A participação nas sessões será valorizada tendo por base o empenho e a motivação dos formandos ao longo dos diversos módulos, especialmente na participação de fóruns online ao longo das sessões registadas através de uma grelha de observação com a ponderação de 40%.
Bibliografia
BALTRUSAITIS, Jürguis, 1994, La Edad Media fantástica. Antigüedades y exotismo en el arte gótico, Madrid, Ed. Cátedra. BRAGA, Maria Manuela Correia 1997, Os cadeirais de coro no final da Idade Média em Portugal, Lisboa, (dactilografado), (dissertação de Mestrado em História da Arte pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa). BRAGA, Maria Manuela, 2005, A marginalia satírica no cadeirais do mosteiro de Santa Cruz de Coimbra e Sé do Funchal, Medievalista, Em linha], Nº 1( 2005). KRAUSS, Dorothy et Henry, 1987, Le monde cache des míséricordes, suivi de répertoire de 400 stalles d'église en France. Paris, Editions de LAmateur. PEREIRA, Paulo, 1990, A Obra Silvestre e a Esfera do Rei: Iconologia da Arquitectura Manuelina na Grande Estremadura, Coimbra, Instituto de História da Arte, FLUC.
Anexo(s)
um-mundo-escondido-nas-margens.pdf
Cronograma
Sessão | Data | Horário | Duração | Tipo de sessão |
1 | 07-10-2025 (Terça-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Online síncrona |
2 | 14-10-2025 (Terça-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Online síncrona |
3 | 21-10-2025 (Terça-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Online síncrona |
4 | 28-10-2025 (Terça-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Online síncrona |
5 | 04-11-2025 (Terça-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Online síncrona |
6 | 11-11-2025 (Terça-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Online síncrona |
7 | 18-11-2025 (Terça-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Online síncrona |
8 | 25-11-2025 (Terça-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Online síncrona |
9 | 02-12-2025 (Terça-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Online síncrona |
10 | 09-12-2025 (Terça-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Online síncrona |
11 | 16-12-2025 (Terça-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Online síncrona |
12 | 06-01-2026 (Terça-feira) | 17:30 - 20:30 | 3:00 | Online síncrona |
13 | 13-01-2026 (Terça-feira) | 17:30 - 21:30 | 4:00 | Online síncrona |
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Atualização e aprofundamento científico-didático no ensino de Português Língua Não Materna (PLNM)
Oficina
50.0 horas
b-learning
Professores dos Grupos 200, 210, 220 e 300
O Decreto-Lei n.º 55/2018 tem como desígnio a promoção da inclusão, do sucesso educativo e da qualidade das aprendizagens dos alunos, através de uma maior flexibilidade na gestão curricular e no desenvolvimento da educação para a cidadania.
Desde a implementação do Decreto-Lei n.º 55/2018, a formação ...
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Ref. 105T2 Inscrições abertas até 02-10-2025 INSCREVER-ME
Registo de acreditação: CCPFC/ACC-128023/24
Modalidade: Oficina de Formação
Duração: 50.0 horas (25.0 horas presenciais + 25.0 horas de trabalho autónomo)
Início: 09-10-2025
Fim: 11-12-2025
Regime: b-learning
Local: ES Maia
Formador
António Monteiro Silva
Destinatários
Professores dos Grupos 200, 210, 220 e 300
Exclusivo para formandos dos Agrupamentos associados ao CFAE
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 200, 210, 220 e 300. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 200, 210, 220 e 300.
Acreditado pelo
CCPFC - Conselho Científico Pedagógico de Formação Contínua
Entidade formadora/Parceria
Centro de Formação de Associação de Escolas maiatrofa
Enquadramento
O Decreto-Lei n.º 55/2018 tem como desígnio a promoção da inclusão, do sucesso educativo e da qualidade das aprendizagens dos alunos, através de uma maior flexibilidade na gestão curricular e no desenvolvimento da educação para a cidadania. Desde a implementação do Decreto-Lei n.º 55/2018, a formação tem-se centrado, maioritariamente, na capacitação dos docentes ao nível das práticas pedagógicas e gestão da sala de aula adequadas à gestão flexível do currículo. Importa, agora, centrar os processos de desenvolvimento profissional em outras áreas, que, em conjunto com a capacitação já implementada, permitirão a consolidação dos 3 objetivos enunciados (Inclusão, Sucesso e Qualidade das aprendizagens). Assim, o desenvolvimento de opções curriculares eficazes, inovadoras e promotoras de qualidade no processo educativo, numa perspetiva disciplinar e interdisciplinar, beneficiará da atualização científica e didática dos docentes. Deste modo, procura-se desenvolver uma formação centrada nas componentes científicas e didáticas dos temas/domínios específicos das Aprendizagens Essenciais (AE) da disciplina de PLNM, em articulação com as áreas de competências previstas no Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória (PA), concretizando-se o entendimento sobre a construção curricular em vigor.
Objetivos
- Promover a atualização científica e didática dos docentes em temas/domínios da disciplina; - Analisar as implicações práticas do PA no desenvolvimento curricular, bem como compreender a relação entre as AE e o PA; - Promover a utilização e a partilha de recursos e materiais pedagógicos concebidos durante a oficina de formação que incentivem a utilização de estratégias ativas e inclusivas, em contexto de sala de aula.
Conteúdos
Módulo 1 Currículo: dos referenciais à gestão (2,5h) Conceitos e perspetivas curriculares (articulação PA/AE/Inclusão/ENEC/ desenvolvimento de competências digitais dos alunos no processo de aprendizagem) O PA e as suas implicações práticas na gestão curricular (exploração do ponto 6 do PA); As AE e a sua articulação com as áreas de competências do PA (ações estratégicas das AE de cada disciplina). Ao longo do desenvolvimento dos módulos deve prever-se estratégias e atividades com vista ao recurso a ferramentas digitais por parte dos alunos. Módulo 2 - Português Língua Não Materna (PLNM): enquadramento legal, documentos curriculares, definição de conceitos (língua, cultura, L1, L2, multilinguismo, plurilinguismo, multiculturalismo, pluriculturalismo, interculturalidade, entre outros), caracterização sociolinguística e avaliação diagnóstica. Relação entre multilinguismo e interculturalidade. Processos de mediação intercultural; modelos de política multicultural. Desafios da globalização e da mediatização.(5h) Módulo 3 - Didáticas específicas na língua não materna em diferentes domínios: oralidade e interação cultural. Descrição dos constituintes e processos fonológicos em função de ferramentas fonéticas e fonológicas. Conceitos de léxico e de unidade lexicais. Conceitos de prosódia. Avaliação da oralidade: contextos, instrumentos e critérios. A prática dos géneros orais em contextos formais e informais. Relação entre língua, cultura e linguagem; processos de construção e afirmação identitária. O multilinguismo como estratégia de aprendizagem. (5h) Módulo 4 - Módulo 4 Didáticas específicas da língua não materna nos domínios da leitura e escrita. Alfabetização: abordagem de métodos de ensino/aprendizagem de leitura e escrita. Identificação de relações entre sons da fala e sua representação (orto)gráfica. Abordagem de características de diferentes tipos de textos. Estratégias de leitura com diferentes níveis de complexidade cognitiva (localização de informação, realização de inferências). Avaliação da linguagem e do conteúdo. Dinâmicas e projetos de leitura. (promoção do gosto pela leitura e contributos para o desenvolvimento da educação literária). (5h) Módulo 5 - Escrita: abordagem de formatos associados a diferentes tipos textuais e aprofundamento de técnicas de aperfeiçoamento de produção escrita. Problematização de diferentes perspetivas/modelos quanto ao desenvolvimento da linguagem escrita. Géneros textuais e funções comunicativas; tomada de consciência da diversidade de géneros textuais a partir da prática comunicativa. Estratégias e recursos no âmbito da produção e revisão de texto. (5h) Módulo 6 Gramática e desenvolvimento das competências comunicativas (gramática em uso); as dimensões: lexical, gramatical, sociolinguística, pragmática, discursiva e estratégica (5h) Módulo Final (2,5h) - Apresentação e discussão dos projetos desenvolvidos no âmbito da oficina.
Avaliação
A classificação de cada formando será realizada na escala de 1 a 10 conforme indicado no Despacho n.º 4595/2015, de 6 de maio, respeitando todos os dispositivos legais da avaliação contínua e tendo por base a realização e discussão das tarefas propostas nas sessões, a elaboração e reflexão sobre tarefas concebidas e o trabalho final elaborado pelos formandos. O trabalho final deverá conter uma reflexão escrita individual sobre a formação e a sua participação na mesma, a identificação das aprendizagens realizadas e capacidades desenvolvidas, bem como, em anexo, duas planificações/tarefas/atividades no âmbito de cada um dos domínios/temas abordados.
Bibliografia
Decreto-Lei n.º 55/2018, do Ministério da Educação (2018). Diário da República, I série n.º 129. Disponível em https://files.dre.pt/1s/2018/07/12900/0291802928.pdfDGE. (2017). Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Lisboa: Ministério da Educação/DGE.Currículo do Ensino Básico e do Ensino Secundário para a construção de Aprendizagens Essenciais baseadas no Perfil dos Alunos. Disponível em https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/ae_documento_enquadrador.pdfAprendizagens Essenciais. Disponível em https://www.dge.mec.pt/aprendizagens-essenciais-0
Anexo(s)
Cronograma
Sessão | Data | Horário | Duração | Tipo de sessão |
1 | 09-10-2025 (Quinta-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Presencial |
2 | 16-10-2025 (Quinta-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
3 | 23-10-2025 (Quinta-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Presencial |
4 | 30-10-2025 (Quinta-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
5 | 06-11-2025 (Quinta-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Presencial |
6 | 13-11-2025 (Quinta-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
7 | 20-11-2025 (Quinta-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Presencial |
8 | 27-11-2025 (Quinta-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
9 | 04-12-2025 (Quinta-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
10 | 11-12-2025 (Quinta-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Presencial |
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A arte pode mudar o mundo?
Curso
25.0 horas
e-learning
Professores dos Grupos 240 e 600
O título deste curso parafraseia uma das questões colocadas na secção introdutória da Carta de Porto Santo Como pode a participação cultural ajudar a emancipar os cidadãos?.
Parte-se, pois, do conceito de cultura como conjunto de sistemas simbólicos ativados num processo criativo coletivo ...
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Ref. 155T1 Inscrições abertas até 03-10-2025 INSCREVER-ME
Registo de acreditação: CCPFC/ACC-135280/25
Modalidade: Curso de Formação
Duração: 25.0 horas
Início: 10-10-2025
Fim: 24-11-2025
Regime: e-learning
Local: online
Formador
Diana Vieira de Campos Almeida
Destinatários
Professores dos Grupos 240 e 600
Exclusivo para formandos dos Agrupamentos associados ao CFAE
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 240 e 600. Mais se certifica que, para os efeitos previstos no artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Grupos 240 e 600.
Acreditado pelo
CCPFC - Conselho Científico Pedagógico de Formação Contínua
Enquadramento
O título deste curso parafraseia uma das questões colocadas na secção introdutória da Carta de Porto Santo Como pode a participação cultural ajudar a emancipar os cidadãos?. Parte-se, pois, do conceito de cultura como conjunto de sistemas simbólicos ativados num processo criativo coletivo contínuo, que gera sentido(s) e circunscreve as possibilidades de imaginar e de agir para potenciar a aptidão crítica e o agenciamento criativo dos mediadores culturais e dos professores. Convocando quatro tópicos recorrentes nos debates da contemporaneidade e transversais a diversas disciplinas do currículo escolar o amor, o corpo, a natureza e a política pretende-se abordar algumas das competências crucias (core competencies) definidas na Bússola de Aprendizagem da OCDE 2030, através do diálogo entre obras das artes plásticas (do século XX e XXI) e textos filosóficos recentes (vide bibliografia).
Objetivos
Pensar um conceito de cultura colaborativo e processual, na curiosidade e no respeito pela diversidade de ecossistemas culturais existentes nos territórios nacionais. Potenciar o agenciamento cultural dos formandos, através do diálogo com as obras em estudo. Criar propostas de intervenção no meio escolar e/ou nos contextos de trabalho particulares dos mediadores culturais. (Re)Pensar valores e modos de agir nas esferas pessoal, interpessoal, societal e humana, de modo a dinamizar uma cidadania participativa e democrática. Aperfeiçoar o sentido crítico através da análise (oral e escrita) de texto(s). Estimular o sentido estético e a expressão criativa, através da apreciação (oral e escrita) de obras das artes plásticas (de várias épocas e contextos e realizadas numa pluralidade de mediums). Desenvolver competências transferíveis a nível psicossocial, a partir das core competencies definidas na Bússola de Aprendizagem da OCDE 2030.
Conteúdos
1) Arte 1.1. Definição O que pode ser considerado arte? Quem produz arte? Como circula a arte? Qual é a funcionalidade da arte na sociedade contemporânea? E outras questões prementes, a definir com os formandos. 1. 2. Funções i) lembrar; ii) escolher a esperança; iii) viver a dor; iv) reconstruir o equilíbrio; v) buscar o autoconhecimento; vi) crescer; vii) cultivar a gratidão. Obras em análise Pablo Picasso, Guernica (1937); Edward Hopper, Rooms by the Sea (1951); Georgia O Keeffe, Sky above Clouds, IV (1965). II. Temas 2) Amor Obras em análise René Magritte, Les amants (1928); Paula Rego, Snow White Swallows the Poisoned Apple (1995); Louise Bourgeois, Maman (1999). 3) Corpo Obras em análise Helena Almeida, Pintura Habitada (1975); Bill Viola, Martyrs (Earth, Air, Fire, Water) (2014); Kiki Smith, Earth (2017). 4) Natureza Obras em análise Lourdes Castro, Grande herbário de sombras (Sombra de datura) (1973); Yoko Ono, Wish Tree (1981-); Bordalo II, série Big Trash Animals Plastics (2017-2021). 5) Política Obras em análise Joana Vasconcelos, Cinderela (2007); Grada Kilomba, O Barco / The Boat (2021); Orelha Negra, Ready (Mulher Batida), featuring A garota não, com Mázinha (2021). As temáticas propostas serão abordadas numa perspetiva dialógica, já que diversas das obras de arte em análise se enquadrariam potencialmente em mais do que uma das categorias analíticas apresentadas. Os conceitos teóricos vão ser considerados na primeira sessão e elaborados ao longo da formação, numa relação direta com as obras em consideração.
Metodologias
Análise de excertos das obras teóricas elencadas na bibliografia fundamental. Análise das obras de artes plásticas indicadas nos conteúdos da ação, de acordo com os temas propostos, ampliados por uma grelha transversal formulada a partir de algumas das competências crucias da Bússola de Aprendizagem da OCDE 2030. Consulta de sites de museus e de galerias. Elaboração de comentários (orais e escritos) sobre as obras teóricas e visuais. Escrita criativa (free writing, tempestade cerebral, escrita a partir de propostas, entre outras técnicas). Diálogo entre pares. Metodologias de aprendizagem não formal, convocando a vivência dos formandos.
Avaliação
A avaliação dos formandos terá em conta os seguintes parâmetros: Participação: nas tarefas; pela intervenção; pela assiduidade e pontualidade 50%; Trabalhos Produzidos: reflexão crítica/ memória final 50% A classificação final, conforme previsto na Carta Circular CCPFC-3/2007 de setembro, será quantitativa e expressa na escala de 1 a 10, conforme abaixo se discrimina: Excelente de 9 a 10 valores; Muito Bom de 8 a 8,9 valores; Bom de 6,5 a 7,9 valores; Regular de 5 a 6,4 valores; Insuficiente de 1 a 4,9 valores.
Bibliografia
Berger, John. Modos de ver. Lisboa: Antígona, 2018.de Botton, Alain. Como Proust pode mudar a sua vida. Lisboa: Dom Quixote, 2009.Esquirol, Josep Maria. A penúltima bondade: Ensaio sobre a vida humana. Coimbra: Edições 70, 2023.Maffei, Lamberto. Elogio da rebeldia. Coimbra: Edições 70, 2020.Savater, Fernando. Ética para um Jovem. Lisboa: Dom Quixote, 2005
Anexo(s)
Cronograma
Sessão | Data | Horário | Duração | Tipo de sessão |
1 | 14-10-2025 (Terça-feira) | 18:30 - 22:00 | 3:30 | Online síncrona |
2 | 21-10-2025 (Terça-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
3 | 28-10-2025 (Terça-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
4 | 04-11-2025 (Terça-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
5 | 11-11-2025 (Terça-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
6 | 18-11-2025 (Terça-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
7 | 25-11-2025 (Terça-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
8 | 02-12-2025 (Terça-feira) | 18:30 - 22:00 | 3:30 | Online síncrona |
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Educação para o cinema
Curso
18.0 horas
e-learning
Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário
Nas atividades que tenho desenvolvido ao longo dos anos junto de festivais (Doclisboa, IndieJúnior) ou serviços educativos (Cinemateca Júnior, Insuflar Cinema, etc.) apercebi-me que os professores envolvidos estão muito motivados em levar os seus alunos a estes programas de cinema, mas nem sempre possuem ...
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Ref. 156T1 Inscrições abertas até 10-10-2025 INSCREVER-ME
Registo de acreditação: CCPFC/ACC-135170/25
Modalidade: Curso de Formação
Duração: 18.0 horas
Início: 15-10-2025
Fim: 15-10-2025
Regime: e-learning
Local: online
Formador
Maria Cláudia Ribeiro de Vasconcelos Alves
Destinatários
Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário
Exclusivo para formandos dos Agrupamentos associados ao CFAE
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância e Professores dos Ensinos Básico e Secundário. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.
Acreditado pelo
CCPFC - Conselho Científico Pedagógico de Formação Contínua
Enquadramento
Nas atividades que tenho desenvolvido ao longo dos anos junto de festivais (Doclisboa, IndieJúnior) ou serviços educativos (Cinemateca Júnior, Insuflar Cinema, etc.) apercebi-me que os professores envolvidos estão muito motivados em levar os seus alunos a estes programas de cinema, mas nem sempre possuem as ferramentas para acompanhar na sua maior potencialidade os alunos nestes espaços de aprendizagem e fruição, ou mesmo dar continuidade a estas atividades nas suas próprias aulas. Da mesma forma que reconhecemos a responsabilidade que a sociedade tem de ajudar as crianças a ler e escrever - para usar e desfrutar das palavras -, devemos dar como assente a importância de ajudar as crianças e os jovens a usar, desfrutar e compreender as imagens em movimento, para serem capacitadas, não apenas tecnicamente, mas também culturalmente. (Film: 21st Century Literacy) - esta frase sintetiza bem a necessidade de construção de uma ponte sólida entre a escola e o cinema, que esta ação de formação tenta dar resposta.
Objetivos
Qualificar para o futuro, pessoas que farão a mudança através da promoção das seguintes competências em crianças e jovens: 1) pensamento criativo, 2) resolução de problemas, 3) pensamento crítico e 4) comunicação, através da relação entre o cinema e o público escolar. Objetivos específicos: 1) Desenvolver um ponto de vista, gerar novas formas de pensar e fazer, explorando e aprendendo com o erro. 2) Avaliar realisticamente os problemas, procurar alternativas, decidir e implementar soluções com recurso à criatividade e ao pensamento lógico; 3) Avaliar as situações de múltiplas perspetivas, dividir os problemas nas suas componentes e sistematizar o caminho para a resolução; 4) Expressar adequadamente opiniões, necessidades ou sentimentos em relação a filmes visionados.
Conteúdos
Módulo 1 (3 h) Apresentação O entusiasmo e a atenção aos filmes e à vida que há dentro deles. Forças e assuntos que nos despertam e urgem. Educação para a literacia audiovisual O uso do cinema como ferramenta pedagógica para diferentes áreas do conhecimento e a educação para a literacia audiovisual. Cruzamento de experiências, dificuldades e vontades para o desenvolvimento daquela que é a primeira abordagem ao cinema: a do espectador. Perfil do aluno/ espectador Quem são os nossos alunos-espetadores? Mostrar cinema na sala de aula objetivos: mostrar que o cinema não é apenas uma forma de entretenimento, mas sim uma forma de conhecimento; potenciar todos sentidos em relação ao mundo das imagens e dos sons; perceber que o cinema tem um método de trabalho, é uma forma de criação e possui uma linguagem específica, que pode ser falada, aprendida e praticada. Módulo 2 (3 h) O filme no seu íntimo O cinema é em si uma ferramenta poderosa de pensamento sobre o mundo. O trabalho dos professores será acima de tudo desenvolver, potenciar, alimentar um ponto de vista (apaixonado) e um sentido crítico. E ver o que sucede a esse entusiasmo. Exercícios criativos de análise e interpretação de um filme. Noções de plano, cena, sequência, take, montagem cinematográfica, etc. Narrativa e progressão Fronteira de géneros cinematográficos Módulo 3 (3 h) Casos de estudo: escolher, pensar e sentir A partir de casos de estudo concretos, discutiremos quais os principais aspetos no processo de análise de um filme: antes, durante e depois de uma sessão de cinema. Como trabalhar temas/ conceitos com os alunos, a partir do visionamento de um filme? Qual é o papel da escola para a construção de um ponto de vista sobre o mundo que nos rodeia? Como gerar um pensamento crítico a partir dos interstícios dos filmes? Quais os critérios que precedem à escolha dos filmes para uma sessão de cinema e o labor criterioso de um programador? Módulo 4 (3 h) sessão assíncrona Planificação de uma aula a partir de um filme (sessão assíncrona) Os desafios que existem na elaboração uma aula ou sessão com cinema Conjunto de práticas dentro da aula. Como conceber estratégias de aprendizagem e fazer a gestão dos recursos para períodos de diferente duração e públicos-alvo diversos? Materiais conexos a um filme: folha de sala, pistas de atividades, cartaz, etc. Módulo 5 (3 h) Programar um filme O trabalho de um programador de cinema é tornar visível, ao conjunto restrito de indivíduos que assiste ao seu programa, o conjunto de filmes por ele selecionados. Onde encontrar filmes para realizar uma sessão com vários filmes ou uma oficina para crianças/ jovens? O assunto A forma A duração O género Módulo 6 (3 h) Cruzamentos e balanço Como desenvolver uma rede de programação e partilha de conteúdos. Usos, exemplos e boas práticas do filme de ficção, não-ficção e animação como ferramenta de conhecimento. Cruzamentos entre professores, monitores, programadores, escolas, festivais, serviços educativos e as associações com projetos pedagógicos com e para o cinema. Recursos para programar uma sessão na escola e na comunidade. Como ultrapassar as dificuldades inerentes a esse processo?
Metodologias
A ação é constituída por 6 módulos teórico-práticos com a duração de 15h síncronas e 3h assíncronas. Serão utilizados métodos de aprendizagem ativa: dinâmicas de grupo; atividades para desenvolver nos contextos reais de trabalho; discussão em grupo, direcionada para identificar as necessidades dos participantes e sistematizar o caminho para a resolução dos problemas encontrados.
Avaliação
A classificação de cada formando será realizada na escala quantitativa de 1 a 10 valores, conforme indicado no Despacho n.º 4595/2015, de 6 de maio. A proposta de avaliação individual de cada formando é da responsabilidade do formador, respeitando todos os dispositivos legais da avaliação contínua, de acordo com os seguintes critérios: Participação - 50% Projeto e reflexão crítica - 50% A escala de avaliação prevista tem como referente as seguintes menções: Excelente de 9 a 10 valores; Muito Bom de 8 a 8,9 valores; Bom de 6,5 a 7,9 valores; Regular de 5 a 6,4 valores; Insuficiente de 1 a 4,9 valores
Bibliografia
GRILO, João Mário (2008) As Lições do Cinema manual de filmologia. Lisboa: Edições Colibri.LOBO. Maria da Graça (2005) - Por dentro do filme o cinema na sala de aula. Actas do III Sopcom, VI Lusocom e II Ibérico, vol. IV, pp. 353- 359.LOPES, João (2018) Cinema e História aventuras narrativas. Lisboa: Fundação Francisco Manuel dos Santos.NEVES, Pedro Félix (2011) - O Cinema na Escola. Estudo de caso a disciplina de opção cinema no 3º ciclo, no Algarve. Percurso e efeitos no tempo. Dissertação de Mestrado. FCHS Universidade do Algarve.PINTO, M.; PEREIRA, S.; PEREIRA, L.; FERREIRA (2011) - Teoria da Educação para os Media em Portugal: experiências, actores e contextos. Lisboa: Entidade Reguladora para a Comunicação Social.
Anexo(s)
Cronograma
Sessão | Data | Horário | Duração | Tipo de sessão |
1 | 27-10-2025 (Segunda-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
2 | 03-11-2025 (Segunda-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
3 | 10-11-2025 (Segunda-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
4 | 13-11-2025 (Quinta-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online assíncrona |
5 | 17-11-2025 (Segunda-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
6 | 24-11-2025 (Segunda-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
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Currículo, aprendizagem e inclusão O contributo do Projeto AROÍ para o sucesso de alunos migrantes
Oficina
50.0 horas
b-learning
Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial
A crescente diversidade linguística e cultural nas escolas portuguesas, consequência direta dos fluxos migratórios contemporâneos, exige uma resposta pedagógica inclusiva e equitativa por parte de todos os docentes, independentemente do grupo disciplinar a que pertencem. Esta realidade torna-se ...
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Ref. 164T1 Inscrições abertas até 27-10-2025 INSCREVER-ME
Registo de acreditação: CCPFC/ACC-135641/25
Modalidade: Oficina de Formação
Duração: 50.0 horas (25.0 horas presenciais + 25.0 horas de trabalho autónomo)
Início: 03-11-2025
Fim: 23-02-2026
Regime: b-learning
Local: EBS Águas Santas
Formador
António Monteiro Silva
Destinatários
Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial
Exclusivo para formandos dos Agrupamentos associados ao CFAE
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.
Acreditado pelo
CCPFC - Conselho Científico Pedagógico de Formação Contínua
Enquadramento
A crescente diversidade linguística e cultural nas escolas portuguesas, consequência direta dos fluxos migratórios contemporâneos, exige uma resposta pedagógica inclusiva e equitativa por parte de todos os docentes, independentemente do grupo disciplinar a que pertencem. Esta realidade torna-se particularmente desafiante quando os alunos migrantes, oriundos de países fora da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), chegam às escolas sem ou com muito reduzidos conhecimentos da língua portuguesa. Neste contexto, justifica-se plenamente a acreditação de uma oficina de formação destinada a todos os grupos disciplinares, com o objetivo de desenvolver competências nos docentes que lhes permitam adaptar práticas pedagógicas às necessidades específicas destes alunos. Esta formação deverá centrar-se na promoção da aprendizagem linguística em articulação com os conteúdos curriculares, numa lógica de integração, e não de segregação ou remediação. A presente proposta formativa tem como base o Projeto AROÍ, iniciativa de referência no domínio da educação intercultural e da didática inclusiva. O Projeto AROÍ promove abordagens metodológicas centradas na mediação linguística e cultural, no desenvolvimento de estratégias de comunicação multilingue e na construção de ambientes de aprendizagem sensíveis à diversidade linguística. A acreditação desta oficina responde, portanto, a necessidades prementes identificadas nas escolas, alinhando-se com os princípios orientadores da equidade, da inclusão e da educação para todos, consagrados na legislação educativa nacional e nas orientações internacionais.
Objetivos
A formação visa: Sensibilizar os docentes para os desafios enfrentados pelos alunos migrantes no processo de integração escolar e social; Proporcionar ferramentas para o ensino de conteúdos curriculares em contextos multilingues, promovendo a aprendizagem da língua portuguesa como língua de escolarização; Estimular práticas pedagógicas colaborativas, inclusivas e culturalmente responsivas; Desenvolver competências para a criação de materiais didáticos acessíveis e adaptados; Valorizar a interculturalidade como dimensão pedagógica transversal ao currículo. Ao abranger todos os grupos disciplinares, esta oficina de formação reconhece o papel de todos os docentes enquanto agentes de integração, superando a ideia de que a aprendizagem da língua portuguesa é responsabilidade exclusiva dos professores de Português. O trabalho colaborativo entre disciplinas é essencial para criar percursos de aprendizagem coerentes e integradores para todos os alunos, especialmente para aqueles que enfrentam barreiras linguísticas e culturais.
Conteúdos
Módulo 0. Apresentação 2 horas Apresentação da formação, do formador e dos formandos. Partilha de experiências com a integração dos alunos migrantes. Definição de necessidades na prática letiva. Módulo 1. Enquadramento teórico e legal 3 horas Diversidade linguística e cultural no contexto educativo português. Políticas de acolhimento e inclusão de alunos migrantes. Enquadramento legal e normativo: Lei de Bases do Sistema Educativo, Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, Decreto-Lei n.º 54/2018. Apresentação do Projeto AROÍ: fundamentos, objetivos e práticas. Módulo 2. Didática inclusiva e diferenciada em contextos multilingues 10 horas Estratégias e metodologias para o ensino de conteúdos a alunos com desconhecimento do português. Construção de atividades acessíveis e significativas em diferentes disciplinas. Recursos didáticos e tecnológicos de apoio à aprendizagem de alunos não falantes de português. Avaliação formativa e diferenciada: critérios e práticas justas e equitativas. Módulo 3. Trabalho colaborativo e interdisciplinar 4 horas Papel de todos os docentes na promoção da inclusão linguística e cultural. Planificação colaborativa e articulação curricular em equipa. Partilha de práticas e construção de materiais interdisciplinares. Módulo 4. Oficina prática 4 horas Análise de casos e desafios reais trazidos pelos participantes. Elaboração de planos de aula e materiais adaptados a contextos multilingues. Simulação de estratégias de ensino e comunicação com alunos não lusófonos. Reflexão crítica sobre as práticas desenvolvidas. Módulo 5. Reflexão e avaliação da ação 2 horas
Metodologias
Presencial: 25 horas - A ação articulará momentos expositivos com dinâmicas ativas centradas na partilha de experiências e na resolução colaborativa de problemas pedagógicos. Serão privilegiadas metodologias participativas, como o trabalho de grupo, a análise de casos, a simulação de situações reais de sala de aula e a elaboração de recursos didáticos adaptados a alunos migrantes com desconhecimento da língua portuguesa. Haverá também momentos de reflexão crítica individual e coletiva sobre práticas inclusivas. A componente prática promoverá a aplicação dos conteúdos à realidade profissional dos formandos, num ambiente de colaboração entre docentes de diferentes grupos disciplinares Trabalho Autónomo: Durante as 25 horas de trabalho autónomo, os formandos desenvolverão atividades que promovam a aplicação prática dos conhecimentos adquiridos e a reflexão sobre as suas práticas pedagógicas. Em concreto, deverão: Realizar leituras orientadas de documentos de referência (legislação, recursos do Projeto AROÍ, artigos científicos e relatos de práticas inclusivas). Diagnosticar necessidades concretas da sua realidade profissional, identificando os principais desafios no acolhimento e acompanhamento de alunos migrantes com desconhecimento da língua portuguesa. Planificar uma atividade ou sequência didática adaptada ao seu grupo/turma, integrando estratégias de mediação linguística e de ensino acessível. Experimentar em contexto real (ou simulado) a atividade planificada e recolher evidências da sua implementação (registos, reflexões, feedback). Elaborar um relatório final crítico-reflexivo, que documente o percurso realizado, as dificuldades sentidas e os efeitos observados (ou esperados) na aprendizagem e inclusão dos alunos.
Avaliação
Os formandos são avaliados de acordo com as regras previstas no regulamento interno do centro de formação bem como a legislação vigente aplicável. Os formandos serão informados que a para sua avaliação serão tidos em conta os seguintes parâmetros/critérios: - Participação nas sessões presenciais em que será tido em conta a realização das tarefas nas sessões presenciais; - Relatório/trabalho de reflexão individual onde deverá constar memória descritiva do trabalho do formando nas sessões presenciais e o produto do trabalho autónomo apresentado.
Bibliografia
Decreto-Lei n.º 55/2018, do Ministério da Educação (2018). Diário da República, I série n.º 129. Disponível em https://files.dre.pt/1s/2018/07/12900/0291802928.pdfDGE. (2017).Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória. Lisboa: Ministério da Educação/DGECurrículo do Ensino Básico e do Ensino Secundário para a construção de Aprendizagens Essenciais baseadas no Perfil dos Alunos. Disponível em https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/Curriculo/Projeto_Autonomia_e_Flexibilidade/ae_documento_enquadrador.pdfAprendizagens Essenciais. Disponível em https://www.dge.mec.pt/aprendizagens-essenciais-0Inclusão de alunos migrantes em contexto educativo, Direção Geral da Educação, janeiro de 2024Resolução do Conselho de Ministros n.º 140/2024, de 17 de outubro
Cronograma
Sessão | Data | Horário | Duração | Tipo de sessão |
1 | 03-11-2025 (Segunda-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Presencial |
2 | 10-11-2025 (Segunda-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
3 | 17-11-2025 (Segunda-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Presencial |
4 | 24-11-2025 (Segunda-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
5 | 05-01-2026 (Segunda-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Presencial |
6 | 12-01-2026 (Segunda-feira) | 18:30 - 21:30 | 3:00 | Online síncrona |
7 | 19-01-2026 (Segunda-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Presencial |
8 | 26-01-2026 (Segunda-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Online síncrona |
9 | 02-02-2026 (Segunda-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Online síncrona |
10 | 09-02-2026 (Segunda-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Online síncrona |
11 | 23-02-2026 (Segunda-feira) | 18:30 - 20:30 | 2:00 | Presencial |
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