Apresentação

As XIV Jornadas da Rede de Bibliotecas da Maia assumem como mote a importância das narrativas na formação de cidadãos, considerando os diferentes suportes que as tecnologias proporcionam, em diálogo com recursos analógicos que também se renovam. Celebramos, assim, a biblioteca como espaço de encontro, criação e inovação, refletindo sobre o papel atual e futuro destas instituições no cruzamento entre culturas, tecnologias e formas narrativas. Sob o tema "Narrativas Multimodais: a Biblioteca como Espaço de Convergência", esta edição propõe-se a explorar a diversidade de meios através dos quais se contam histórias no século XXI. A proposta nasce da continuidade de temas já abordados em edições anteriores — como o cinema, a ilustração, a animação e a inteligência artificial —, mas alarga agora o olhar para a forma como estes e outros media se articulam nas bibliotecas, convocando experiências imersivas e interativas. Serão abordados subtemas como a evolução do storytelling para além do livro físico, o papel das bibliotecas na promoção da diversidade cultural em formatos variados como podcasts, jogos e música, bem como o impacto das tecnologias emergentes — como a realidade aumentada e a inteligência artificial — na leitura e na aprendizagem. Pretende-se, assim, promover uma reflexão sobre as bibliotecas enquanto centros vivos de partilha de saberes, de inclusão e de reinvenção cultural, capazes de se posicionar na vanguarda da inovação educativa e tecnológica. Este será um espaço privilegiado para profissionais, educadores, criadores e público em geral pensarem em conjunto novas formas de viver, sentir e transmitir histórias num mundo em constante transformação.

Destinatários

Educadores de Infância, Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial

Releva

Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Educadores de Infância, Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira. De acordo com o artigo 15.º da Portaria n.º 192-A/2015, de 29 de junho, esta ação de formação releva para a progressão da carreira dos professores bibliotecários, incluindo-se na dimensão científica e pedagógica.

Objetivos

 Valorizar a importância das narrativas na formação de cidadãos, reconhecendo a dimensão multimodal e o diálogo entre tecnologias digitais e meios analógicos.  Celebrar a biblioteca como espaço de encontro, criação e inovação, refletindo sobre o seu papel atual e futuro na convergência de culturas, tecnologias e formas narrativas.  Explorar e divulgar a diversidade de meios narrativos do século XXI, incluindo cinema, ilustração, podcasts, jogos, realidade aumentada e inteligência artificial.  Estimular a reflexão crítica sobre o papel das bibliotecas na promoção da diversidade cultural e inclusão social, com formatos variados e inovadores.  Incentivar experiências imersivas e interativas, aproximando as bibliotecas da vanguarda da inovação educativa e tecnológica.  Criar um espaço colaborativo para profissionais, educadores, criadores e público desenvolverem novas formas de contar histórias.  Consolidar as bibliotecas como centros vivos de saber, reinvenção cultural e inclusão, líderes na mudança educativa e cultural.

Conteúdos

O programa da ação desenvolve-se nos dias 24 e 25 de outubro, num total de 14 horas de formação. 24 de outubro – manhã (4h30) Sessão de Abertura Mário Nuno Neves - Vereador do Pelouro da Cultura da CM Maia Sofia Barreiros - Chefe de Divisão da Cultura da CM Maia Manuela Silva - Coordenadora Nacional da Rede de Bibliotecas Escolares (a aguardar confirmação) Filomena Alves - Coordenadora Interconcelhia da RBE Painel 1- CONTAR HISTÓRIAS NA ESCOLA E NA COMUNIDADE A função transformadora das narrativas nas comunidades e as formas de contar histórias nas escolas Alastair Fuad-Luke, Magda Henriques (coordenadores do Projeto Carreiros para Futuros Ancestrais) Poliksena Hardalova (docente, investigadora na ESE P. Porto) Sónia Barbosa (docente, investigadora na ESE P. Porto) Moderação: Susana Lopes - professora e investigadora Painel 2 - CONTAR HISTÓRIAS COM MÚSICA O diálogo entre as narrativas e a música Capicua (artista/compositora) Carmina Gonçalves (artista, coordenadora do Projeto Cardo Amarelo) Óscar Rodrigues (Serviço Educativo da Casa da Música) Moderação: José António Costa - professor e investigador 24 de outubro – tarde (3h30) Painel 3 - CONTAR HISTÓRIAS EM DIFERENTES SUPORTES As narrativas e as diferentes formas e meios de narrar Mário Moura (ilustrador utilizador de IA) Ana Cristina Macedo (docente e investigadora ESE P.Porto) Rui Tavares (historiador e autor do Podcast Tempo ao Tempo) Moderação: António Fernando Silva Painel 4 - CONTAR HISTÓRIAS COM JOGOS A abordagem lúdica das narrativas em jogos educativos e recreativos Pedro Silva (membro do grupo Porto Boardgamers) Filipa Godinho (coordenadora do serviço educativo do Coliseu do Porto) Eduardo Nunes (Kendir Studios) Moderação: Ricardo Gonçalves 24 de outubro – noite (1h30) CANTAR HISTÓRIAS Kiara Terra (contadora de histórias) 25 de outubro – manhã (4h30) OFICINAR HISTÓRIAS Narração de histórias Rita Sineiro e Anabela Dias (oficina de leitura, narração de histórias) OFICINAR HISTÓRIAS Workshop de criação de histórias em diferentes suportes Rita Sineiro e Anabela Dias (oficina de ilustração)

Metodologias

O Seminário decorrerá em dois dias e pretende construir um espaço de encontro e reflexão entre os Professores Bibliotecários, professores colaboradores, entidades parceiras e diversos especialistas, com painéis temáticos abordando: - Leitura e literacias diversas - Diálogos entre cinema e leitura - Articulação do cinema com o currículo - Articulação Curricular, sucesso educativo e Bibliotecas

Avaliação

Os formandos são avaliados de acordo com as regras previstas no regulamento interno do cfae maiatrofa bem como a legislação vigente aplicável. Os formandos são informados no início da ação, que a para sua avaliação são tidos em conta os seguintes parâmetros/critérios: - participação nas sessões presenciais; - relatório/trabalho de reflexão individual. Forma de avaliação: A avaliação da ação será feita de acordo com a legislação vigente, nomeadamente o Despacho n.º 4595/2015, com os contributos de respostas dos formandos a um inquérito de satisfação e relatórios dos outros intervenientes no processo.

Bibliografia

 IFLA (2016). Diretrizes da IFLA para a Biblioteca Escolar. Disponível em: https://www.rbe.mec.pt/np4/%7B$clientServletPath%7D/?newsId=861&fileName=guide_lines_2016.pdf  IFLA & UNESCO. (2022). Manifesto da IFLA/UNESCO 2022 para as Bibliotecas Públicas. IFLA. Disponível em: http://bibliotecas.dglab.gov.pt/pt/ServProf/Documentacao/Documents/Manifesto_IFLA_PT_2022.pdf  Lopes J. B., & Viegas M. C., (2021). Narrações multimodais: uma e-ferramenta ao dispor da investigação. https://doi.org/10.34627/uab.edel.15.10  Ministério da Educação (2021). Bibliotecas Escolares: presentes para o futuro - Quadro Estratégico 2021-2027. Rede de Bibliotecas Escolares. https://rbe.mec.pt/np4/file/890/qe__21.27.pdf

Anexo(s)

Formador

Ana Patrícia Tavares Neves Loureiro

Maria Filomena Rocha Alves

Susana Maria de Sousa Lopes da Silva

Ricardo Jorge da Rocha Gonçalves

Cronograma